domingo, 21 de agosto de 2011

As cerejas (ou como vão ver o roubo das cerejas)

Vou falar na  linguagem dos anos 50 do sec. passado...vejam bem do sec passado.Mas afinal o que é a nosa existência? Uma decrepitude física e mental ou uma imagem, como eu tenho de mim, quando olho para dentrro do meu corpo ou da minha alma  e olho para  mim. Mas afinal o que é o MIM ?    
_ Sou eu a sentir-me acabado ou  sou o olhar para dentro e ver-me  menino a brincar com isto ou aquilo, ver-me crescer , ver-me chegar a grande, mas sempre  aquele menino pequeno que tendo uma mãe que o adora , embora ele seja rebelde ou mesmo arruaceiro, na concepção de hoje, ladrão de frutas da vizinhança.
Mas vamos às cerejas.A malta saia das aulas e ia logo até à feira de Braga,que tinha o seu sítio no Campo daVinha. Hoje ainda tem o mesmo nome? Não sei. Braga já não me diz nada. Sem família não há raizes, penso, e falo por mim,que apenas esta ou aquela paixão da nossa juventude e que nos tocou muito na altura, nos lembra as ruas por onde passamos tantas vezes com o coração destroçado e que hoje apenas recordamos, sem percorrer os mesmos sítios que  na altura nos fizeram sofrer. E revivo tudo: as faces daquelas  que pretendia e nem me davam um sorriso,naquela altura avaliada como se fosse a esmola a um pobre (pobre de mim que nessa altura necessitava dessa esmola,


mas hoje a rejeitaria, porque no amor não há caridade nem esmolas.~( continua)+++++++++++++++++++++++

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