Os tratamentos médicos actuais são
variados, além das modificações dos hábitos de vida.
Cálcio
e Vitamina D
Considera-se necessária na prevenção
desta doença, uma ingestão suficiente de cálcio e vitamina D.
Nas mulheres apartir dos 50 anos está
aconselhada a ingestão de 1.200mg de Ca e de 600 U/I de vitamina D por dia. Em
1997, Dawson-Hughes e cols. demonstraram de forma significativa, que a ingestão
de cálcio e vitamina D reduz de forma significativa o aparecimento de fracturas
da anca quando comparadas com doentes a tomar placebo.
Para as mulheres de mais de 70 anos
está estabelecido um suplemento de cálcio de 1200-1500mg de cálcio e de 600-800
UI de vitamina D por dia. A vitamina D está especialmente indicada nos meses de
inverno nas mulheres que saiem de casa e durante todo o ano naquelas que não
saiem de casa ou saiem pouco.
A utilização simultânea de cálcio e
vitamina D reduz em 30% a incidência de fractura de colo do fémur, ao fim de
dois anos de utilização, mesmo em mulheres vivendo em lares de terceira idade.
A mulher que toma diuréticos
tiazídicos e ou estatinas têm uma diminuição do risco fracturário.
Tratamento
Hormonal de Substituição(THS)
Iniciado na altura da menopausa, o
tratamento estrogénico com ou sem progestativo, atrasa ou previne a perda óssea
e aumenta a DMG. Enquanto usada previne a perda de massa óssea , mas logo após
a sua suspensão reaparece a perda óssea. Em mulheres mais idosas, com
osteoporose confirmada, a THS será também de utilizar, pelos seus efeitos
benéficos.
Em termos práticos e na nossa
clínica poderemos utilizar a THS no período de menopausa recente, altura em que
esta terapêutica é a de primeira intenção pelo aparecimento concomitante do
síndrome climatérico.
Na menopausa mais tardia, a partir
dos 55-60 anos, será de utilizar outros tratamentos como os SERMs, alendronato
ou residronato ou os SAS.
A partir dos 70-75anos, os
bifosfonatos deverão ter a nossa preferência, pois diminuem os riscos de
fractura da anca e da coluna, enquanto o Raloxifeno não mostrou ter efeito
sobre a fractura do colo do fémur.
SERMs
O Raloxifeno é um SERM que pode ser
usado na prevenção e no tratamento da osteoporose, prevenindo tanto a perda
óssea como o cancro da mama ( no estudo More houve uma redução de 72% da
neoplasia mamária). Não dá estimulação do endométrio.
Bifosfonatos
São potentes inibidores da
reabsorção óssea pelos osteoclastos.
Actuam directamente sobre os osteoclastos
maduros acelerando a sua apotose e aumentam também a produção de osteoblastos.
Os seus dois representantes maiores
são o alendionato (Fosamax) e o risedronato (Actonel) e ainda o ác. Ibandrónico
(Bonviva ) que tem a vantagem de ser de aplicação mensal.
Os bifosfonatos são eficazes na
redução do risco de fractura. A interrupção da sua utilização, tal como
acontece com a THS, faz com que a reabsorção óssea reapareça novamente.
Ranelato de
Estrôncio
È uma
Substãncia granulada de aplicação diária promovendo um
aumento da massa óssea
mais acentuada que outras substâncias.
Calcitonina
É um produto natural, utilizando-se
a calcitonina de salmão quer por via nasal ou por via subcutânea.
A via nasal é a mais utilizada
pelos seus menores efeitos secundários: náuseas e irritação local na forma
injectável.
Inibe a reabsorção óssea, mas há
quem ponha em questão, a não ser para diminuir as dores, a utilização deste
produto no tratamento da osteoporose.
SAS-Tibolona
A tibolona é um esteroide de acção
específica, cujos metabolitos (3α e 3β
hidroxitibolona e o isómero Δ4 tibolona) têm efeitos
estrogénico, progestagénico e androgénico.
O seu mecanismo de acção é
semelhante aos SERMs.
Cada tecido experimentará, conforme
o seu potencial enzimático, efeitos hormonais diferentes. O seu efeito
estrogénico manifesta-se em vários tecidos-alvo com excepção da mama e do
endométrio.
Sobre o osso . a tibolona previne a
perda de massa óssea, e o aumento da massa óssea, é comparável à terapêutica
estrogénica, que no colo do fémur quer a nível vertebral.
Na mama, a tibolona não se
acompanha de aumento da densidade do tecido mamário.
Em estudos animais verificou-se que
o tratamento com tibolona é tão eficaz como o Tamoxifeno na diminuição do
tamanho dos tumores mamários. Há também um aumento da apoptose e um aumento da
actividade antisulfatase, inibindo a conversão de estrona em estradiol,
processo que se verifica na
carcinogénese mamária.
Fitoestrogéneos
Nas mulheres asiáticas, com
alimentação rica em soja, as fracturas osteoporóticas são em número reduzido.
Vários estudos foram feitos para
comprovar a acção das isoflavonas na perda óssea.
A isoflavona, previne a perda óssea
por diminuição da sua reabsorção.
Estudos com isoflavona mostram que
só doses elevadas deste produto (90mg) aumentaram a densidade mineral óssea
lombar.
Hormona
Paratiroidea
Esta hormona
aplicada em esquemas intermitentes, aumenta a formação óssea.
Tem sido experimentada na
pós-menopausa e na osteoporose induzida pelos corticoides, com resultados
prometedores.
Aplica-se em meio hospitalar.