PREVENÇÃO
DA
OSTEOPOROSE
Prevenção
da Osteoporose
A conservação da massa óssea
assenta no equilíbrio de dois tipos de células ósseas: os osteoblastos, que
produzem a matriz proteica do osso que se deve manter em equilíbrio com os
osteoclastos, células que eliminam o osso já envelhecido.
Mas este processo pode ser alterado
por múltiplos factores, fazendo com que a reabsorção ultrapasse a formação do
osso, quer dizer, perder mais osso do que aquele se forma. Este desequilíbrio,
pode ser originado por factos bem simples, com por exemplo, alguns dias de
repouso na cama e é o que se passa também na menopausa, onde aparece um balanço
negativo do cálcio que se deve objectivar precocemente para adoptar medidas
preventivas apropriadas.
É mais fácil prevenir do que tratar
a perda de massa óssea. Quanto mais cedo se intervier com medidas profilácticas
ou para a conservação do osso, melhores serão os resultados.
Também as fracturas e a consequente
incapacidade, podem der prevenidas em pessoas de densidade óssea já diminuída.
Em qualquer idade, a massa óssea,
está dependente da relação do osso formado e do que já se perdeu. As doentes
que na sua juventude não adquiriram um pico de massa óssea adequada, podem
apresentar um risco de fractura elevado, mesmo que posteriormente não tenham
perda de massa óssea. Certas doenças, medicamentos e hábitos de vida podem
influenciar intensivamente o metabolismo ósseo. Um exemplo só: os níveis
elevados de corticosteroides, quer endógeneos, quer exógenos por terapêuticas
de doenças crónicas, aceleram a perda óssea e levam a osteoporose.
O diagnóstico definitivo da
osteoporose pode ser estabelecido através da medição da densidade óssea, isto
é, através da densiometria, actualmente considerado o exame mais correcto para
avaliar o risco de fracturas ou por factores bioquímicos do sangue e da urina.
Classicamente define-se osteoporose
como uma doença esquelética, caracterizada por uma diminuição da massa óssea e
alterações da arquitectura do tecido ósseo, com consequente fragilidade do
esqueleto e grande susceptibilidade para fracturas. Há assim na sua base, uma diminuição de
quantidade e da qualidade do osso, que pode ser medida pela densidade mineral
óssea (DMO)
.
.
A densiometria óssea permite medir
com precisão e grande sensibilidade a massa óssea e expressá-la por dois
valores:
-
score Z – reflecte a
DMO duma pessoa da mesma idade e do mesmo sexo;
-
score T – DMO
relacionada com o pico esperado de massa óssea em adultos jovens saudáveis do
mesmo sexo.
A diferença entre o score Z e o
score T é dado por desvios padrão acima ou abaixo da média.
Há osteopenia quando o desvio
padrão se encontra entre -1 e - 2,5 em relação ao score T e osteoporose se a
densidade óssea é inferior a - 2,5
desvios.
Uma osteoporose severa refere-se
àquela mulher que teve já pelo menos uma fractura.
Não deve utilizar-se o rasteio
generalizado de densiometria óssea, mas não devemos esquecer de o fazer
obrigatoriamente nos seguintes casos:
-
mulheres em
pós-menopausa, com menos de 65 anos, que tenham pelo menos uma factor de risco
de fractura;
-
nas mulheres em
pós-menopausa acima dos 65 anos, mesmo sem factores de risco;
-
mulheres em
pós-menopausa que tenham tido já uma fractura;
-
doentes a iniciar ou a
fazer corticoterapia prolongada;
-
doentes com patologias
incluídas na osteoporose secundária.
Muito importante é também perguntar
às doentes quais os problemas médicos que apareceram na fase final do
crescimento, na adolescência, já que mais de metade da massa óssea total se
adquire neste período de vida.
Carências alimentares, alterações
menstruais, imobilizações físicas, podem reduzir a aquisição do pico de massa
óssea, mesmo em idades mais jovens.
Por exemplo, uma crise de anorexia
nervosa na adolescência, pode ter repercussões na meia idade no esqueleto,
assim como outras situações: hábitos alcoólicos, tabagismo, certas medicações
crónicas, influenciando o aparecimento da osteoporose.
Por tudo isto, é preciso estar
atento na colheita da história clínica das doentes, não deixando passar ao lado
certos factores que têm influência no esqueleto.
Também os antecedentes familiares
são de primordial impor- tância. A mãe ou avó, tiveram deformações vertebrais
ou mesmo fracturas. Alguns estudos
revelam que mulheres cujas mães tiveram fracturas do colo do fémur tendem o sofrer
este tipo de fractura.
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